
Expansão natural da coletânea que a antecedeu, Mas eu divago volume 2 a um só tempo retoma temas caros a Paul Marcel e se aventura em assuntos inéditos e, por que não dizê-lo?, inusitados.
Alguns exemplos desta segunda safra são Mary, a benevolente, em que Paul se pronuncia a respeito do suicídio assistido, e Carisma importa?, que questiona a importância (ou não) desta qualidade entre esportistas de elite.
Depois de romper com o que considera um cisma pueril e artificial entre literatura popular e erudita em Um leitor feliz, Paul trata da questão neste segundo volume de não-ficção pelo seu ângulo oposto em Um escritor feliz, tanto um desabafo sobre as agruras do ofício quanto uma declaração de amor a ele.
Nada avesso à mudança, o autor revisita o polêmico Prêmio Nobel outorgado a Bob Dylan, que havia satirizado em Mas eu divago volume 1, em um texto sobre a poesia no século 21 dotado de um ângulo pouco explorado.
Mas eu divago volume 2 é mais uma frutificação da inquietude que caracteriza o ficcionista e o crítico em medidas iguais.
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