Escritas aproximadamente entre 2008 e 2022, as crônicas e resenhas de “Mas eu divago volume 1” salientam várias facetas da escrita irrequieta de Paul Marcel: o amante das artes, o questionador das convenções, o perquiridor espiritual, o comentarista de política externa.
Do elogio a um Proust que não fez outra coisa além de escrever (“Ode à vagabundagem”) à crítica ao faroeste virtual (“Redes mais sociais”), do sexo de Moby Dick (“A tradução literária como fracasso a priori”) à obrigatoriedade do voto (“Vote em 007”), Paul vasculha questões contemporâneas e atemporais com coragem para refutar consensos e gosto por paralelos inusitados.
Se a análise literária não poderia faltar, a música e o cinema, as duas outras grandes paixões de Paul, também são contempladas, seja em uma homenagem ao cultuado Jeff Buckley (“A melhor demo de todos os tempos”), seja na confissão da simpatia por filmes natalinos (“Natal o ano inteiro”).
Os 100 textos de “Mas eu divago volume 1” apresentam um Paul Marcel diferente do ficcionista, mas que um olhar cuidadoso revela ser, na essência, complementar.
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